sábado, 18 de julho de 2009

Alive 2009 - Compacto: dia 2

O segundo dia do Alive foi também o segundo em termos de qualidade no que a bandas diz respeito. No dia em que as t-shirts do festival esgotaram (crise, qual crise? Bom, eu também comprei a minha, há que dizer.) e em que o recinto foi invadido por muita criançada devota de Placebo (outros não tão novos, mas igualmente apreciadores, nos quais não me incluo). E era vê-los pintados, cabelos negros, com t-shirts da banda, algo de que me alheei completamente, uma vez que estava ali para ver os Eagles of Death Metal e The Prodigy. Não gosto de Placebo: temos pena. Irrita-me a vozinha amaricada de Brian Molko, o estilo musical, o "over hype" de que são alvo: tudo. Já sei que vou levar na cabeça de ti, T. (se leres isto), mas sempre foi um dos nossos pontos de discórdia: tu odeias Tool e eu Placebo. E tudo bem: amigas na mesma, n'est-ce pas, gaja?

O palco principal abriu nesse dia com uma inanidade lusa qualquer chamada Os Pontos Negros. Maus que até dói. Infelizmente tive de levar com eles durante um bocado, porque o objectivo era chegar bem perto do palco para ver EoDM. Objectivo atingido, mas com grande sofrimento. Quem terá achado boa ideia pôr esta miudagem a tocar no palco principal equivocou-se à grande. Nem no palco Optimus Discos eles teriam lugar, mas isso digo eu que sou uma gaja com mau feitio.
Mas adiante e passando ao que interessa:





Eagles of Death Metal: Jesse Hughes não trouxe Josh Homme na digressão, tal como já tinha acontecido em Paredes de Coura há 3 anos atrás, mas trouxe o baterista dos mesmíssimos Queens of the Stone Age, Joey Castillo e fez ele muito bem! Hughes é uma simpatia de rapaz: horas antes do concerto prestou-se a fotos e autógrafos com amigos meus (raios partam, se tivesse chegado 5 minutos antes também os teria conseguido!). Simpatia fora de palco e em cima dele, um verdadeiro "show man" que faz a festa sozinho e atira beijinhos ao público, com uma t-shirt branca dos Placebo vestida. Eu levei a coisa para a ironia, sobretudo quando o vocalista/guitarrista mandou cumprimentos aos "boys" dos Placebo. Boys? Onde, amigo? (Agora é que me vais mesmo dar tau-tau, T.)
O alinhamento foi mais ou menos este (lamento as falhas, mas a uma semana de distância a memória não dá para tudo:

I Want You So Hard (Boy's Bad News);
Don't Speak (I Came To Make A Bang!);
Heart On;
Now I'm a Fool;
Secret Plans;
I like to move in the Night;
Anything 'Cept the Truth;
Wannabe In L.A.;

Na parte final do concerto, o sempre divino Joey Castillo resolveu atirar uma das suas baquetas da bateria para o público, que por pouco não me acertou. Pena não ter ficado para mim, mas ficou muito bem entregue à pessoa que estava ao meu lado, uma vez que fazia parte da malta. Obrigada por me teres tirado fotos com ela: vão ficar para a posteridade! Essas não publico aqui no blog, porque apareço lá eu, de sorriso de orelha a orelha, qual fã histérica.



Blasted Mechanism: Fui vê-los de pé atrás por dois motivos: primeiro porque gostava muito de Karkov, o ex-vocalista da banda e, sem ele, foi-se grande parte do interesse dos Blasted e segundo porque detestava Zedisaneonlight, ex-banda do agora vocalista dos Blasted Mechanism, agora rebaptizado de Guiutshu ou coisa que o valha.
Ainda hesitei entre vê-los ou ir ao palco secundário ver os Does it Offend you, yeah?, mas lá deixei os tugas levarem a melhor.
Apesar de tudo e das diferenças evidentes, o saldo do concerto foi positivo. Perdeu-se um pouco do fulgor "Karkoviano", mas os Blasted têm pernas para andar e as máscaras novas estão bem giras, como aliás já vem sendo hábito.






Era chegada a hora de actuarem os Placebo e, como tal, a minha hora de me pirar e ver o que se passava nos outros palcos. Os Fischerpooner tocavam no palco Super Bock e foi para lá que me dirigi e em muito boa hora o fiz. Que concertão! Conhecia só alguns singles da banda, até porque a música electrónica não faz parte das minhas preferências, mas isso pouco importou porque eis aquele que foi um dos melhores concertos do festival, sobretudo em termos visuais. Tenho pena que as fotos que aqui publico não sejam de melhor qualidade e não expressem devidamente o aparato técnico e visual que a banda trouxe ao palco secundário, mas acho que transmitem a ideia. Em Paredes de Coura já vou levar outra máquina fotográfica e talvez as coisas me corram um pouco melhor.
Geralmente quando não sou admiradora da banda, não perco muito tempo com ela. Não tenho nenhum álbum dos Fischerpooner e mal os conhecia, mas, neste caso, acabei por ir ficando a ver o concerto e só me vim embora já quase no final para garantir um bom lugar para ver os Prodigy. Bichona por bichona, prefiro mil vezes ver esta (o vocalista dos Fischerspooner vs Brian Molko), que é uma simpatia e um curtido, ao contrário de Molko. Tenho a dizer que me diverti à grande a vê-los e fiquei muito surpreendida com a brilhante actuação da banda e respectivas bailarinas. Fantástico!
Foi a segunda vez que fugi dos Placebo a sete pés (a primeira tinha sido no Super Bock Super Rock de 2006, na noite em que tocavam os Tool). Não fui a única a fazê-lo, pois a tenda que acolhia o Palco Super Bock estava a abarrotar, o que significa que muito boa gente terá tido o mesmo pensamento que eu e mandado os Placebo à fava.




The Prodigy: Bem sei que os ingleses estão cá batidos praticamente todos os anos, mas o interesse em revê-los era muito. Foi um excelente concerto, sobretudo nas visitas ao passado, como seria de esperar. Não é que o último "Invadors must die!" seja um álbum menor, mas não tem, na minha opinião, nenhum digno sucessor do poderio de "Voodoo People" ou "Poison" de "Music for the Jilted Generation" ou de um "Firestarter" ou "Smack by bitch up" de "The Fat of the Land". "Omen" é um bom single, mas não chega aos calcanhares dos supra-citados temas.
Seja como for, Keith Flynt, Maxim Reality e Liam Howlett sabem muito bem o que o público quer e fazem-no de forma extremamente competente, proporcionando concertos com uma energia e comunhão com o público apreciáveis (tal como os Slipknot já tinham feito no dia anterior, os Prodigy mandaram-nos baixar a todos e saltar ao mesmo tempo durante "Smack my bitch up"). Houve "mosh", claro, mas isso nem era preciso dizer.

Alinhamento: World's On Fire;
Breathe;
Omen;
Their Law;
Poison;
Warrior's Dance;
Firestarter;
Run With the Wolves;
Voodoo People;
Comanche;

Encore:
Omen Reprise;
Invaders Must Die;
Diesel Power;
Smack My Bitch Up;
Take Me to the Hospital;
Out of Space.

E já só falta a resenha do último dia do festival. Está quase.

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