segunda-feira, 25 de maio de 2009

Oh alegria, oh felicidade, oh delírio!



Já vem um bocadinho ao retardador, mas aqui a gaja tem tido mais que fazer do que postar no próprio blog... Com uma semana de atraso, mas cá vai:
A juntar ao rol de confirmações aguardadíssimas deste ano (como se Nine Inch Nails, Eagles of Death Metal, Mastodon, Metallica and soióne não bastassem), mais duas pérolas que me fizeram pular de contentamento e salivar por antecipação.
Faith no More no Sudoeste: 8 de Agosto. (Riso histérico e deveras orgásmico.)
Porcupine Tree no Incrível Almadense: 20 de Novembro. (Bem sei que já os vi no ano passado e na mesmíssima sala, mas Porcupine é daquelas bandas que se vê SEMPRE!)
E agora vou ali pular mais um pouco de alegria, com licença.

sábado, 23 de maio de 2009

Marinho Pinto, és o MÁIOR!!!



Uma estátua a este senhor, por favor.

Handsome Furs @ MusicBox, Lisboa, 22/05/2009






Mas que grande concerto, o dos Handsome Furs ontem à noite no MusicBox!
O casal canadiano Alexei Perry e Dan Boeckner (dos Wolf Parade) deu uma lição de boa disposição (além de muitos elogios carinhosos) ao público português que encheu a casa para os ver. "Face Control", o último álbum da dupla, saído há dois meses, era o único que eu tinha e conhecia relativamente (apenas há uns dias, por indicação de um casal amigo: obrigada R. e O.!), mas a verdade é que saí do MusicBox muito bem-dispostinha!
Foi a loucura: muito pulo, Dan a atirar-se com a guitarra para o chão, Alexei uma fofura de gaja, sorridente e uma grande maluca também, cheia de palavras doces para nós que os víamos.
Aqui ficam umas quantas fotos que tirei aos meninos.
Malta animada desta é o que se quer pelas nossas bandas. Vinde mas é festivalar connosco um dia destes!

sábado, 16 de maio de 2009

Fim-de-semana Catita


Tchau, pessoal! Aqui me vou para um fim-de-semana assim a modos que radical, que é como quem diz, levar na tromba, no paintball, na festa de anos da Catita II. As nódoas negras depois falarão por mim.
O aniversário da Catita I foi ontem e mais calminho, num belo restaurante indiano e no Cabaret Maxim, reduto dos Irmãos... Catita! Coincidências! Muito bem frequentadinho o sítio, sim senhor. Ele era Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, Luís Varatojo dos Despe & Siga, jornalistas da SIC...
Muitos Parabéns às duas Catitas! Fins-de-semana festeiros como este é que se quer!
Hasta pronto!

sábado, 9 de maio de 2009

Mastodon - "Crack the Skye"


Já foi lançado há mais de um mês, mas só agora confesso estar a dar a devida atenção a este "Crack the Skye", quarto álbum de estúdio dos Mastodon (excluindo, claro está, os diversos EPs que gravaram). A opção de trabalhar com um produtor mais "mainstream" como Brendan O'Brien (que produziu Pearl Jam, Bruce Springsteen, Soundgarden ou Korn, por exemplo) tornou, na minha opinião, o álbum mais acessível que o anterior "Blood Mountain", que incluía a participação de Josh Homme no fantástico "Colony of Birchmen", bem como numa muito divertida faixa extra feita em estilo de carta, cuja audição recomendo (para quem tem a edição com a dita faixa escondida). Um muito obrigado a ti, M., por ma teres enviado, já que a minha edição do álbum não a incluía.
Canções propriamente ditas são só sete, mas "The Last Baron" tem 13 minutos e "The Czar: Usurper/Escape/Martyr/Spiral" perto de 11, além do que o CD inclui todas as versões instrumentais das músicas do álbum e ainda uma versão ao vivo de "Oblivion". Não é um álbum tão curto quanto poderia parecer.
"Oblivion" dá início à viagem pelo já conhecido metal cheio de variações de ritmo e guitarradas épicas da banda de Troy Sanders e Brett Hinds. Grande tema de abertura! É um início e tanto e a continuação não desilude.
Confesso que da primeira vez que os vi, na primeira parte dos Tool, no Pavilhão Atlântico, em Novembro de 2006, não lhes achei graça por aí além. Estava lá mesmo era por Tool e aqueles quatro gajos a fazerem barulho e a berrar ao microfone na altura soaram-me chatinhos. Em 2007 voltei a vê-los no Super Bock Super Rock, na noite dos Metallica e a coisa já correu bem melhor: gostei do que vi. Este ano voltamos a ter a visita dos Mastodon, novamente a tocar no dia de Metallica, mas no Alive. E agora voltar a vê-los é uma perspectiva cada vez mais aliciante, mercê deste grandessíssimo e poderosíssimo "Crack the Skye".
"Divinations" é outra canção com tudo no sítio, cujo início quase se assemelha a uma cavalgada: está mesmo à espera de ser tocada ao vivo, com muito "mosh" à mistura. (O.k., tenho de me lembrar de não ir para as filas da frente desta vez...)
E chegamos à minha preferida: "Quintessence". Que música do catano! Desafio-vos a ouvi-la sem passado meia dúzia de segundos de audição do refrão não estarem a berrar "Let it go, let it go, let it go, let it go, let it go! Calling reason, finding you, these wild hearts run, even deeper, burning through, these wild hearts run." Um portento.
"The Czar: Usurper/Escape/Martyr/Spiral" é o tema aparentemente mais dolente do álbum, mas que a meio (ou seja, aos 7 minutos) se transforma numa guitarrada capaz de acordar um morto, voltando no fim à dolência inicial.
Segue-se "Ghost of Karelia" e o tema-título, "Crack the Skye", mais um épico, alternando entre as vocalizações gritadas e os coros cantados, com guitarras mais arrastadas.
A encerrar, "The Last Baron", na mesma onda do tema anterior, mas com constantes variações de ritmo e uma letra muito forte (e gigantesca, diga-se de passagem!).
Aos Mastodon colam-se os rótulos de sludge metal, post-hardcore, alternative metal e outros que tais, mas como isso a mim diz-me muito pouco, limito-me a classificar este álbum como um excelente álbum de rock/metal. O Windows Media Player, esse grande palerma, classifica este "Crack the Skye" com 3,5 estrelas. Eu dou-lhe 5, até porque sou uma gaja que geralmente discorda do WMP.
Dia 9 de Julho lá estaremos. Bem-vindos sejam!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

P.J. Harvey & John Parish @ Casa da Música, Porto, 02/05/2009



Sábado, 2 de Maio: noite P.J. Harvey e John Parish, no Porto.
Depois de dois dias seguidos a caminhar pelas ruas da belíssima cidade do Porto, ao sol (o escaldão nos meus ombros é disso prova), a apreciar vistas, jardins, o rio Douro, concertos em FNACs e no sempre muito recomendável «O Meu Mercedes é Maior que o Teu», eis que chega o momento principal da minha rumagem a norte nos 3 dias do fim-de-semana feriadeiro passado.
A Casa da Música já conhecia por dentro e por fora, mas ainda não tinha tido oportunidade de assistir a nenhum concerto na dita, apesar de já o desejar há anos. Oportunidade perfeita esta e, diga-se, estreia imbatível: dificilmente poderia ter sido melhor.
Antes do concerto, jantar no Bar dos Artistas da Casa da Música e a grata supresa de descobrir lá igualmente a jantar nada mais nada menos que... John Parish himself! Ali, misturadinho com o povo, na mesa bem atrás da minha e, depois, na fila dos cafés... Um gajo simples, portanto. Até deu autógrafos e tirou fotos com quem pediu, apesar de o restaurante estar quase vazio, para sorte nossa.
22:30: Os altifalantes anunciam que o espectáculo vai começar. «É favor dirigirem-se para a Sala Guilhermina Suggia os espectadores que vão assistir ao concerto de P.J. Harvey e John Parish.» De referir que a sala é minúscula, não levando mais do que 800 ou 1000 pessoas, se tanto. Não admira que os bilhetes tivessem esgotado em breves minutos e tanta gente se tenha esgatanhado para os conseguir.
Lá fora a candonga ia fazendo pela vida: ouviu-se falar em €100/150 por bilhete. Um fã desesperado tenta comprar o nosso bilhete: no way. Não há cá pão para malucos. NÓS VAMOS!
Nas filas da frente, sentadinha em poltronas ultra-confortáveis, daquelas cujos assentos até se chegam à frente com um ligeiro toque de rabiosque (o norte é muito à frente, canudo!) da Sala Guilhermina Suggia ouço outra voz feminina anunciar aos altifalantes que é expressamente proibido filmar ou fotografar qualquer parte do espectáculo. Os seguranças colados à parede não dão azo a que se desafie a interdição. Raios partam, penso eu de máquinha fotográfica na mão. Estou mesmo aqui quase colada ao palco, num sítio estratégico e não posso fazer o gosto ao dedo? Damn!
A foto do post foi, obviamente, gamada à descaradona à Blitz. Foi o que se pôde arranjar.
Aqui não há ladies first, quem entra em palco primeiro são os músicos da banda e John Parish, desta feita já com o habitual chapéu (que uma hora antes no restaurante não apresentava) a compor o trajo. No final, a diva Polly Jean. De vestido preto, igual ao envergado no vídeo de "Black-Hearted Love", misto de menina angelical que nos sussurra doces palavras ao ouvido e mulher demoníaca, capaz do mais gutural grito arrancado das profundezas do seu esquelético corpo, pequenina, descalça, arrasa-nos os sentidos durante 1 hora e meia. A voz é perfeita, o som não desilude, a sala é, de facto, ideal para um concerto destes, que me perdoem os muitos milhares de fãs que ficaram de fora.
O alinhamento inicia-se com "Black-Hearted Love", seguido de "Sixteen, Fifteen, Fourteen", "Rope Bridge", "Urn With Dead Flowers in a Drained Pool", "Civil War Correspondent", "The Soldier", "Taut", "Un Cercle Autour du Soleil", "The Chair", "Leaving California", "A Woman A Man Walked By", "The Crow Knows Where All The Little Children Go", "Passionless, Pointless", "Cracks In The Canvas", "Pig Will Not". O curto encore teve duas canções: "False Fire", lado B do single de apresentação, cantado por John Parish (um grande tema, na minha opinião), com P.J. nos coros e "April" a encerrar a noite.
A seguir, a noite era de Clubbing Optimus pelos corredores e salas do edifício da Casa da Música até de madrugada. Havia mais concertos (desta vez grátis) e muito boa música passada pelo DJ de serviço.
Just a perfect night.