sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Happy Halloween!

Acabadinha de chegar de uma festa de Halloween no Santiago Alquimista, a «Eles Vivem!», com várias vodkas pretas em cima, mas deveras sóbria, cá fica então a minha mensagem de Halloween um bocadito para o atrasado. Azar, são 5:20 da manhã e não me sai grande coisa, por isso deixo-vos com a canção mais "halloweeny" que conheço, "Burn the Witch", dos meus Queens of the Stone Age, ainda que aqui sem a participação nos coros de Billy Gibbons, esse mesmo, dos ZZ Top, que nem precisa de se mascarar para entrar no espírito da coisa. O vídeo original é bem giro e o senhor aparece no dito, mas o You Tube não o disponibiliza, o malandro, e já é estupidamente tarde para me chatear com o assunto.
Por isso, muitos "trick or treat" para vocês também.

sábado, 25 de outubro de 2008

The White Stripes - Dead Leaves And The Dirty Ground

Esta já é antiguita, de 2001, mas, para além de ser uma grande malha tem a realização de Michel Gondry, que nos deu o brilhante "Eternal Sunshine of the Spotless Mind", um dos melhores filmes que alguma vez vi.
Foi com esta que os «manos» White abriram o concerto no Alive 2007, a marcar a estreia (e que estreia!) em palcos portugueses. Melhor início era impossível, agora é esperar que o repitam em breve.
E um bom fim-de-semana a todos, by the way... :-)

domingo, 19 de outubro de 2008

May you rest in peace, forever...

Há dias assim, em que as más notícias nos chegam de sopetão e em que pouco podemos fazer para dar conforto, porque a distância de centenas de km não o permite ou porque, pura e simplesmente, ainda que essa distância não existisse, a impotência nos ultrapassa.
É verdade, R., esta é para ti. À falta de melhor homenagem, ficam as palavras de outros com bastante mais poder de expressão do que eu.
Beijo grande da amiga Battle Axe.

"And if the snow buries my...
My neighborhood

And if my parents are crying,
Then I'll dig a tunnel from my window to yours
Yeah, a tunnel from my window to yours

You climb out the chinmey
And meet me in the middle
The middle of the town
And since there's no one else around,
We let our hair grow long and forget all we used to know
Then our skin gets thicker from living out in the cold

You change all the lead sleeping in my head
As the day grows dim, I hear you sing a golden hymn...

Then, we tried to name our babies
But we forgot all the names that,
The names we used to know
But sometimes,
We remember our bedrooms and our parent's bedrooms and the bedrooms of our friends
Then we think of our parents...
Well, whatever happened to them?!

You change all the lead sleeping in my head to gold
As the day grows dim, I hear you sing a golden hymn
It's the song I've been trying to sing...

Purify the colors, purify my mind
Purify the colors, purify my mind
And spread the ashes of the colors over this heart of mine!"

sábado, 18 de outubro de 2008

Porcupine Tree @ Incrível Almadense, 7 de Outubro 2008








Já vem um bocadinho ao retardador, mas não estava esquecido, pois com certeza que não, o concerto dos britânicos Porcupine Tree no passado dia 7, na Tour of a Blank Planet, cuja pedra-base é o registo homónimo do ano passado. A banda resolveu dar algum trabalho aos fãs, como se esperar por um concerto deles há já alguns anos não fosse tormento suficiente e fez-nos ir parar à Margem Sul, mais concretamente a Almada, transformada num verdadeiro estaleiro devido às obras do célebre metro de superfície a inaugurar, decerto, em plena época de eleições legislativas como convém e cuja utilidade, até ao momento, se desconhece. «Táxis» também parece ser conceito desconhecido na zona, tal não foi a longa espera pelo único veículo (!) que se dignou a funcionar nessa noite. Agora percebe-se o sentido das palavras de Mário Lino há cerca de um ano atrás de que «A Margem Sul é um deserto». Deserto não será, mas assemelha-se perigosamente a uma cidade-fantasma. Em vez de se apontar o dedo às infra-estruturas que faltam, numa região que cresce a olhos vistos, mercê da galopante crise financeira mundial que obriga muitas famílias a fugir de Lisboa e a encontrar refúgio habitacional na outra margem e, assim, a escudar-se, ainda que a título provisório, das imparáveis taxas de juros que dão origem ao já mais que célebre chavão, «sobra demasiado mês para o ordenado que se ganha», o governo parece preferir esconder a poeira sob o tapete e apelidar de «deserto» uma cidade em que deveria investir e dotar de estruturas capazes. Perdoem-me os cerca de dois ou três leitores que se dão ao trabalho de consultar este meu cantinho blogueiro o início atípico de um artigo que se quer sobre música e não de considerações políticas, que isto é um blog sobre treta e é assim que deve ser mantido. Adiante então.
A abertura é feita pelos Pure Reason Revolution, banda que desconhecia por completo e também não fiquei com uma vontade por aí além de conhecer. Sonzinho chato, com uns teclados a lembrar ocasionalmente os divinos Nine Inch Nails, o que prejudica mais do que ajuda, «penso eu de que».
Sem saudações ou sequer qualquer tipo de apresentação inicial, dá-se início ao concerto da noite ao som de "Wedding Nails". Os 41 anos de Steven Wilson não lhe pesam e o aspecto de "nerd" adolescente (é favor conferir as fotos) fazem-no aparentar metade da idade que tem. A noite era, nas palavras de Wilson, para tocar temas menos conhecidos pelos fãs, pelo menos os mais recentes e privilegiar muitos temas iniciais. «Quantos de vocês têm o "Signify"?» pergunta o vocalista a dada altura. Muitos dedos no ar, talvez demasiados, dado o relativo estatuto de banda de culto dos Porcupine Tree em Portugal. «A sério?», pergunta. Vá-se lá saber. Os sites de torrents estão aí é para isso, certo? Quem não tem o CD físico passa a tê-lo de outra forma, amigo: habitua-te.
O som que saía das colunas era surpreendemente límpido e não faria adivinhar que se estava num modesto salão de baile almadense, sala deveras inadequada para uma banda da dimensão dos Porcupine Tree. Exigiam-se condições mais consentâneas com o estatuto da banda e o facto de a sala estar cheia é disso prova. Um Coliseu dos Recreios, por exemplo, seria o ideal. Não percebi a opção pelo Incrível Almadense. Falta de dinheiro da promotora?
Regresso a "In Absentia", com "Blackest Eyes" e, de seguida, um portento de quase 18 minutos chamado "Anesthetize", de "Fear of a Blank Planet", uma das melhores canções de sempre dos Porcupine, que, apesar da longuíssima duração, passa a voar. Volta-se a um passado recente, 2005, a "Open Car" de "Deadwing", outra das «mais» da banda. Segue-se-lhe "Dark matter", a pôr à prova o tal conhecimento de "Signify" por parte do público presente e novo regresso a "In Absentia", via "Drown with me".
Nas filas iniciais junto ao palco, onde me encontro, os seguranças empunham laternas, prontos a registar e dissuadir quem se atrevesse a tirar fotografias à banda. Como se pode ver, não cumpri.
Recuamos 13 anos para ouvir a calmaria de "Stars die" para, em seguida, avançar novamente até 2002, ao som de "Strip the Soul". "Half Light", um lado B da edição em vinil de "Deadwing", igualmente incluída no DVD do mesmo, é o tema que se segue. "Way out of here" e "Sleep together" que terminam "Fear of a Blank Planet" finalizam o alinhamento da noite. O breve encore, e utilizo o termo «breve» pois incluiu apenas dois temas (se há coisa que as canções do grupo não são é breves): "Sleep of no dreaming" e o brilhante "Halo".
Sucedem-se os «obrigados» e «voltaremos em breve» da praxe. Pois muito bem, mas desta vez noutra sala, se fizerem favor.



quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Os Simpsons e as eleições nos EUA

Na véspera do último debate eleitoral em que Barack Obama vai inquestionavelmente trucidar o candidato republicano, John McCain, fica o divertidíssimo vídeo que o Público apresentava ontem no seu website.
A lembrar perigosamente as eleições de 2000 em que um tal senador do Texas (o W. do filme de Oliver Stone a estrear na próxima semana) primo de um governador da Florida chamado J.B. (serão as iniciais coincidência?) «ganhou» as eleições norte-americanas na maior fraude eleitoral de que há memória. Diferenças entre «G.W. Embuste» e Robert Mugabe, por exemplo? É que até o sanguinário ditador do Zimbabué teve de colaborar com a oposição...