quinta-feira, 26 de março de 2009

Earth Hour - Sábado, 28 Março, 20:30-21:30


On 28 March NJE’s Lisbon office will turn off exterior and corridor lights from 20:30 to 21:30 GMT.
Earth Hour is an initiative led by WWF (World Wide Fund for Nature) that each year asks individuals and businesses across the globe to turn off their non-essential lights and electrical appliances for one hour to raise awareness towards the need to take action on global warming.
The Green Office Council (a group of colleagues who promote environmental awareness in the office) and Human Resources are leading Lisbon office’s participation in Earth Hour as part of our corporate climate initiative.

WHAT WILL HAPPEN IN THE LISBON OFFICE ON SATURDAY, 28 MARCH?

NJE’s Lisbon office will be joining Earth Hour on Saturday 28 March, from 20:30 to 21:30 GMT, by turning off exterior lights including the NetJets logo light outside of the building and indoor corridor lights on the ground, first and second floors. All other lights, systems and appliances, such as computers, IT servers and security alarms will not be affected.

ARE YOU JOINING EARTH HOUR FROM HOME?

If you are joining this initiative from your home, Green Office Council members would appreciate if you could confirm your participation by e-mailing Lis-GOC@netjets.com so that the team can measure and report a greater NetJets Europe participation rate in this global initiative.

Entities joining Earth Hour in Portugal include Coca-Cola, IKEA, Ogilvy Mather, Nokia, Mosteiro dos Jerónimos, Palácio de Belém, Museu da Electricidade, Torre de Belém, Padrão dos Descobrimentos and Castelo de São Jorge.

For more information on the Earth Hour initiative click here:
http://www.earthhour.org/home/

For more information on WWF please visit:
http://www.wwf.org

Notícia retirada do portal da NetJets Europe.
Muito obrigada aos colegas pertencentes ao Green Office Council (alguns dos quais do meu departamento) pela excelente iniciativa!
A minha empresa já aderiu e vocês? Façam um jantar à luz de velas e não só tornam as coisas românticas como estão a ajudar-nos a alertar consciências para a poupança de energia.
Abraço verde!

sábado, 21 de março de 2009

Blue Man Group - How to be a Megastar - Live@Auditório dos Oceanos



E se três «mudos» pintados de azul dessem um dos melhores concertos de rock dos últimos tempos num Casino? Foi o que aconteceu no passado sábado, 21 de Março, no Auditório dos Oceanos do Casino de Lisboa, marcado pelo Equinócio da Primavera e pela estreia em palcos nacionais dos Blue Man Group e do seu "How to be a Megastar".
Frustrada que foi a tentativa de os ver(mos) em Berlim no passado mês de Setembro (não é R.D., R.B. e Miss I Am Free?), devido ao facto de os bilhetes estarem já esgotados, restou-nos aguardar pela visita dos homens azuis ao nosso país. E que estreia! Duas horas electrizantes, cheias de boa música, mímica, teatro e muito, muito rock do bom! Pessoalmente, já aguardava há quatro anos por um espectáculo dos Blue Man, desde que conheci o primeiro DVD da "Complex Tour" e o respectivo CD, com participações de Tracey Bonham, Dave Matthews (que não aprecio por aí álém, mas enfim...), Gavin Rossdale, Venus Hum, entre outros.
A batucada é constante, seja em tambores, tubos ou o que apareça à frente. Junte-se a isto uma banda de sete músicos e vocalistas convidados, neste caso Adrian Hartley a fazer as vozes de Venus Hum e Tracey Bonham (em "The Complex").
Por lá passaram os temas já conhecidos do anterior DVD: "Above", que deu início ao espectáculo, foi tocado por trás de uma cortina branca que só nos permitia ver as sombras dos artistas. Seguiu-se "Drumbone" tocado quase às escuras e sente-se o primeiro sobressalto da noite quando da semi-obscuridade se faz um clarão de luz e os restantes músicos se juntam aos homens azuis numa guitarrada de acordar um morto. De arrepiar.
"Time to Start", o belíssimo "Up to the roof" (aqui apresentado em vídeo), o não menos belo e introspectivo "Persona", "Your Attention", "Piano Smasher", uma versão bem mais swingante de "Sing Along" cantada não por Dave Matthews, como no original, mas a duas vozes (Adrian Hartley e Peter Moore), "Shadows, Pt.2", "The Complex", "I Feel Love", "Rock and Go" e uma muito agradável versão de "Baba O'Riley", dos The Who. Pelo meio muitos vídeos "nonsense" de Televendas especialmente concebidos para o espectáculo e com a missão de transformar qualquer um de nós numa estrela rock, muitos momentos de mímica, comunhão com o público (há que gritar, bater com os pés no chão, bater palmas, abanar os braços no ar, pôr-nos de pé, «levantar o telhado», sacudir telemóveis no ar, qual concerto pontuado por baladonas de faca e alguidar, entre outras solicitações que iam aparecendo no ecrã). No fim das duas horas de espectáculo estamos cheios de calor e não é para menos: afinal estar parado não era aqui! Alguns elementos do público são convidados a subir ao palco, seja para dar os dados do cartão de crédito para adquirir o tal DVD sobre como nos tornarmos mega-estrelas, seja para apresentar a banda (os homens azuis não falam) ou mostrar a goela (literalmente falando. Vejam o vídeo de "Time to Start" já aqui antes postado no blog e perceberão o que quero dizer).
Se ainda não viram façam um grande favor a vós próprios e redimam-se. "How to be a Megastar" está em cena até dia 5 de Abril. Eu fui uma vez e, se ainda houver bilhetes à venda (é bem possível que já esteja esgotado, tal não tem sido o sucesso) vou ver de novo. Para malucos, maluca e meia.


"Time to make this climb to rise above..."

quinta-feira, 19 de março de 2009

"Transforming is becoming on me..."



"You wanna know how I do it, I do it alright."

"Ain't born to lose, baby. I'm born to win."

[QOTSA inspiration]

Amén,

B & C

segunda-feira, 16 de março de 2009

Oh amigo Cornell, mas o que é que te passou pela cabeça, homem?


Já alguma vez sentiram vergonha alheia por estarem a ver/ouvir algo tão mau que até vos faz doer a alma? Eu também e mais vezes do que suporia possível. Parece que Trent Reznor também. O que eu não supunha é que Chris Cornell me pregasse essa partida. Dizer que o senhor enlouqueceu afigura-se pouco para descrever a fase R&B em que agora resolveu dar, ajudado pelo nigga sempre fashion mas pimba de serviço, nada mais nada menos que Timbaland, que produz tudo o que é merda actualmente, mas que a malta supostamente entendida no assunto (música da chacha, entenda-se) apelida de verdadeiro «toque de Midas». Albarde-se o burro à vontade de quem opta por este esterco musical: não esqueçamos que Timbaland produz desde Madonna a Justin Timberlake e outros que tais. Azar dos azares, Cornell resolveu largar a droga e seguir o (péssimo) conselho do cunhado e colaborar com o referido produtor naquele que é, provavelmente, o mais gigantesco tiro no pé que alguma vez deu. Lembrarmo-nos que Chris Cornell foi o vocalista dos excelsos Soundgarden, que tanto prezo ainda, e dos extintos Audioslave dá vontade de atirar com "Scream" directamente para a destruidora de papel/CDs de escritório mais próxima. Felizmente só o tenho em mp3 e assim como assim sempre facilita a tarefa: press Delete. "Are you sure you want to delete the selected folder?" FUCK YESSS!
Cornell começou pelo agradavelzinho "Euphoria Morning" de 1999: era leve que nem uma bola de sabão, mas ainda tinha umas músicas agradáveis ao ouvido e incluia uma merecida homenagem a um grande amigo do cantor: Jeff Buckley. Só por isso já merecia a nossa atenção.
Eu até gostava de escrever um post minimamente imparcial e dizer que consegui ouvir o álbum até ao fim e seleccionar as melhores faixas e o catano, mas não dá. É que até a capa da porra do CD é de uma foleirice atroz. Das 14 faixas de "Scream" consegui ouvir umas 6 e com «muito sacrifício pessoal», como diria Pedro Santana Lopes, pessoa que fica sempre bem citar quando se fala sobre disparates. Menos de metade, portanto. Mau augúrio, como devem imaginar.
Este "Scream" está para 2009 como "Day & Age" dos The Killers esteve para 2008: uma tremenda asneira. Ainda só estamos em Março e tenho cá para mim que estamos na presença do vencedor do troféu de Disparate Musical do Ano. A ver se o tempo me dá razão.
Atente-se nas palavras do supra-citado líder dos NIN, Trent Reznor: "Sabem como ficam quando sentem que alguém faz muito má figura e se sentem muito desconfortáveis? Já ouviram o álbum do Chris Cornell? Deus". Ora nem mais. No fórum da Blitz comentava-se que mais valia Cornell continuar a drogar-se mas fazer música de jeito. Não está mal visto não senhor.

terça-feira, 10 de março de 2009

P.J. Harvey, here I come!!!


Os pouquíssimos bilhetes para o concerto de Miss Polly Jean Harvey na Casa da Música no próximo dia 2 de Maio foram postos à venda hoje de manhã, às 10 horas. Escusado será dizer que valia tudo, inclusivé arrancar olhos: a malta esgatanhou-se toda para arranjar bilhete, unzinho que fosse. Esgotaram em minutos/segundos. Pufff, foi um ar que se lhes deu. É ver os fãs em tudo quanto é fórum (cf. Blitz, sff, por exemplo) a rogar pragas à organização e a quem teve a sorte ou milagre, que é mais adequado, de conseguir bilhete. Muito e muito obrigada, Yeahyeahyeahs! És o maior!
«De maneiras que», quem vai, quem vai? EU! LOL! E o resto é «cunbersa»!
Bámos néssa ao Puarto, canudo?

domingo, 8 de março de 2009

Radiohead - "Jigsaw Falling Into Place"


Esta não tem saído da playlist do meu mp3 todos os dias, quando vou a caminho do trabalho. Um ano e meio passado da data de edição, sabe muito bem regressar a "In Rainbows" e a esta verdadeira pérola, chamada "Jigsaw falling into place". O vídeo é estranho, mas a música é demasiado boa para não o incluir.

Just as you take my hand
Just as you write my number down
Just as the drinks arrive
Just as they play your favourite song
As your bad day disappears
No longer wound up like a spring
Before you've had too much
Come back and focus again

The walls abandon shape
You've got a cheshire cat grin
All blurring into one
This place is on a mission
Before the night owl
Before the animal noises
Closed circuit cameras
Before you're comatose

Before you run away from me
Before you're lost between the notes
The beat goes round and round
The beat goes round and round
I never really got there
I just pretended that I had

Words are blunt instruments
Words are a sawed off shotguns

Come on and let it out
Come on and let it out
Come on and let it out
Come on and let it out

Before you run away from me
Before you're lost between the notes
Before you take my mic
Just as you dance, dance, dance

Jigsaws falling into place
There is nothing to explain
You eye each other as you pass
She looks back, you look back
Not just once
Not just twice
Wish away the nightmare
Wish away the nightmare
You've got a light you can feel it on your back
You've got a light and you can feel it on your back
Jigsaws falling into place

Happy Birthday to us


No dia 6 de Março de 2008 nascia um bloguito, de nome Into the Hollow, devido ao facto de a sua autora se encontrar de cama com uma estuporada gripe que a impedia de ir trabalhar. O título, inspirado numa das bandas preferidas da dita cuja, apresentava logo como primeiros posts relatos das últimas viagens feitas para ver a tal banda. Mas o Hollow tinha de crescer e abranger mais do que apenas festivais e concertos e, um ano passado, ainda que talvez a tónica dominante seja essa, outros assuntos têm lugar neste espaço.
A minha incursão na comunidade blogueira começou em 2004, no Blog Omnivore, um blog conjunto lá da terra, entretanto em standby, mas quatro anos passados, decidi autonomizar-me e criar o meu próprio cantinho. Perdi audiência, mas não desanimei.
Houvesse mais tempo e haveria também mais diversidade e, sobretudo, regularidade na escrita.
Ainda assim, o meu muito obrigada àqueles (3 ou 4) leitores e amigos que se dão ao trabalho de vir espreitar o Into the Hollow de quando em vez, nem que seja para saber por onde tenho andado.
Um abraço a todos e que continuemos por cá a «espalhar o terror» (citando a Miss I Am Free...) por muitos mais anos.

sábado, 7 de março de 2009

The Reader - O Leitor


Já vem um bocadinho ao retardador, é certo, mas o filme que deu (finalmente) o Oscar de Melhor Actriz a Kate Winslet ao fim de quinhentas nomeações (foram seis, just kidding!) não podia passar em branco aqui no Into the Hollow. Ainda não vi o trabalho das outras nomeadas, Jolie, Hathaway, Streep (para quem ser nomeada já é tão normal como mudar de calças) e Leo, mas há que dizer que foi muito bem entregue.
A história de Hanna Schmitz, uma «pica» da rede de eléctricos berlinense dos anos 60, que tem um caso com um miúdo de 15 anos, Michael, não deve ter sido nada fácil de interpretar, sobretudo se atentarmos ao facto de Winslet passar mais de metade do filme nua. Três anos depois, já com o romance desfeito, Michael é um caloiro de Direito, cujo professor leva a assistir aos julgamentos de antigas guardas prisionais pertencentes às SS e é lá, em pleno tribunal, que reencontra Hanna, presa por crimes contra a humanidade e por ter deixado 300 mulheres judias morrer queimadas numa igreja para que estas não fugissem ao seu controlo. O que Michael nunca percebera antes é que o facto de a antiga amante lhe pedir insistentemente para ler em voz alta para ela enquanto estavam juntos se devia à sua condição de analfabeta, motivo pelo qual a incriminatória declaração de tortura apresentada em tribunal supostamente escrita por Hanna nunca poderia tê-lo sido, o que lhe valerá uma pena de prisão perpétua enquanto que às ex-colegas de trabalho, cientes da sua fraqueza, dá apenas pouco mais de quatro anos de cadeia.
Quase trinta anos mais tarde, Michael é um advogado de sucesso e Hanna, já idosa, aproxima-se da altura de ser libertada (a perpétua afinal não o é) e começa a receber as cassetes por este enviadas, com leituras dos livros que Michael lhe lia quando estavam juntos. Animada pelas lembranças, Hanna ensina-se a si própria a ler e escrever, com a ajuda das cassetes que vai recebendo, associando os sons que ouve às palavras dos livros que encontra na biblioteca da prisão. O final é, como se pode supor da história do livro de Bernhard Schlink, pouco animador, mas o resultado é de grande beleza. Magnífico.

Truman Capote


Quem diria que ia ser uma bicha a tirar-me o sono?
Eis o senhor que mais dores de cabeça me tem dado nos últimos dias e mais horas de sono me tem roubado: Truman Capote. Foi ele o escolhido para a minha tese de mestrado em Tradução, mais especificamente a tradução dos contos "Preacher's Legend" e "Master Misery", incluídos na colectânea The Complete Stories of Truman Capote. Para além da tradução integral dos contos, que já de si vão dar pano para mangas (sobretudo na parte da tradução do dialecto afro-americano da personagem principal do primeiro conto, Preacher) aqui a maluca ainda vai falar sobre a problemática da tradução, as dificuldades tradutológicas encontradas nos textos, o seu enquadramento nos Estudos de Tradução mais recentes e inserção nas respectivas correntes de pensamento e estudo, comparar a tradução feita com a já existente e recém-editada em Portugal, analisar as décadas de 40 e 50 do século XX e inserir a obra e o autor na conjuntura da época e, em jeito de remate, falar da transposição intersemiótica de In Cold Blood (o mais célebre livro de Capote) para o filme Capote, de Bennet Miller, que daria em 2005 o Oscar de Melhor Actor Principal a Philip Seymour Hoffman.
Um grandessíssimo pincel, portanto. Agora é rezar para que isto seja aprovado pelas orientadoras e Conselho Científico da Faculdade e que o Mestrado não se transforme em Frustrado. Oremos, irmãos!

"Can't do nothin' bout it", he said, the way certain old people quarrel with themselves.; "sick to death of collards an' whatevahelse. Just sit here an' stahve, that be my fate... Bet yo' bottom dollah ain't nobody gonna grieve on dat account, nawsuh."

"Here I is. Didn't spec I'd do it... Didn't spec I had de stren'th in me today."

"You best run, ol' crow, else I git me a hatchet and then you bettah watch out. Bet you taste mighty fine!"


(Truman Capote, "Preacher's Legend", in The Complete Stories of Truman Capote, Vintage Books, New York, 2004)