segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Inglourious Basterds" - «Sacanas Sem Lei»



Num fim-de-semana bem activo e cheio de valentes gargalhadas, não podia faltar-me ir ver o novo de Quentin Tarantino, «Sacanas Sem Lei». Já estreou há 15 dias e já toda a gente o viu, mas, como gaja extremamente ocupada que sou, ainda não tinha tido tempo de o fazer.
O protagonismo do filme é, como já todos saberão, roubadíssimo a Brad Pitt: não que o Sr. Jolie não esteja em grande nível, mas Christoph Waltz, um desconhecido actor televisivo austríaco, é quem mais brilha na história, no papel do Coronel das SS Hans Landa, um detective perseguidor de judeus cujo raro talento no seu métier o torna o mais eficiente de todos os assassinos a mando de Hitler. Waltz é arrasador e assim se compreende a Palma de Ouro de Cannes que ganhou: de assinalar que interpreta o filme em alemão, inglês, francês e italiano! Notável.
É Landa quem marcará para sempre a vida de Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent), jovem judia francesa que, em cativeiro, vê toda a família ser assassinada pelas tropas do coronel. Sobrevive e parte para Paris, onde toma conta de um cinema e, por um acaso do destino, acaba por ter a oportunidade perfeita para perpretar a sua vingança.
O tenente Aldo Raine (Pitt) é um judeu americano semi-apache cuja missão é formar uma tropa de elite de origem judaica para matar nazis.
Bridget von Hammersmarck é uma actriz alemã de sucesso e espia ao serviço dos aliados britânicos, cuja ajuda acaba por se transformar em pesadelo tanto para os «Sacanas» como para ela própria. Desgraçadamente, existem três planos para assassinar Hitler e acabar com a II Guerra e todos eles convergem para o mesmo sítio: o cinema de Shosanna, sob o alter-ego Emanuelle Mimieux.
Muito sangue, muitos escalpes cortados, muitas suásticas marcadas e muito riso é o que espera quem ainda não viu estes «Sacanas».
A banda sonora é, também ela, muito recomendável, como não poderia deixar de ser num Tarantino (com Enio Morricone a assinar a maioria das canções que o realizador escolheu). Nota 10 para "Cat People (Putting out the fire)" de David Bowie, naquela que é, para mim, a cena mais forte do filme (pelo título da música, quem viu o filme saberá facilmente identificar). Brilhante música para uma não menos brilhante cena.
Obrigatório, escusado será dizer.

1 comentário:

Carca disse...

eu também gostei. Estou a preparar uma resenha, mas vai ser a meias com o Vasco, aparece um dia destes...