sábado, 17 de julho de 2010

Alive 2010 em texto e imagens


Vai ser difícil superar o Alive deste ano: pelo cartaz, que era, sem dúvidas de qualquer espécie, o mais forte a nível nacional, pela quantidade de excelentes concertos a acontecer todos os dias (muitas vezes à mesma hora, o que se lamenta) e, pessoalmente, porque depois de 8 meses seguidos sem um único dia de férias, estes três dias sem ir trabalhar e a fazer o que mais gosto (festivalar) souberam que nem ginjas.
Já se adivinhava que, face à fraca concorrência de Paredes de Coura e Sudoeste, com cartazes bem mais pobres que o habitual, este seria o ano do Alive em termos de invasão estrangeira, maioritariamente espanhola. Os incautos portugueses que deixaram a compra do passe de 3 dias ou para dia 10 para a última hora, convencidos de que «festivais não esgotam» tiveram a desagradável surpresa de voltar da FNAC de mãos a abanar e contentar-se em ir só a dois dias de festival. Tal não foi, felizmente, o meu caso, que já tinha o meu passe desde o início do ano.
A entrada no recinto no primeiro dia previa-se demorada e foi-o. Ainda que as entradas estivessem divididas por tipo de bilhete, ideia que se saúda, isso não significou menos horas ao sol à espera para entrar. Ainda bem que cheguei cedo.
A minha tarde iniciou-se no palco Super Bock Super Rock, ou secundário, como preferirem, a ver Local Natives, às 17h. Uma hora depois, os The Drums subiam ao mesmo palco. No palco principal tocariam, minutos depois, os Biffy Clyro, que já vi algumas 2 ou 3 vezes, nas primeiras partes dos Queens of the Stone Age em Madrid e Barcelona, daí o meu desinteresse em ir vê-los de novo. Preferi, em vez disso, esperar pelo concerto de Devendra Banhart no palco SBSR. Em boa hora o fiz, porque valeu bem a pena. De calções e t-shirt, longe dos desvarios de guarda-roupa que lhe estão associados, Devendra deu um espectáculo extremamente competente e divertido, ao incluir uma versão de "Tell it to my heart", de Taylor Dayne, que todos conhecíamos dos 80's e cantarolámos, sem, no entanto, percebermos porque é que ainda nos lembramos da letra daquilo (talvez de alguma noite de sábado no "Plateau", em que estivéssemos demasiadamente alcoolizados e longe de sítios mais porreiros para ir a outro lado).
Era chegada a hora de uma escolha difícil: no palco SBSR, Florence and the Machine. À mesma hora, mas no palco principal, Alice In Chains. Pesei os prós e os contras: já tinha visto Alice in Chains no SBSR de 2006. Foi giro e tal, mas não consigo lidar bem com bandas cujo vocalista morre e é substituído por outro com a voz igual. Lamento. Só conhecia para aí umas duas canções de Florence Welch e respectiva banda, mas nunca os tinha visto. Ia meio de pé atrás, porque geralmente desconfio bastante dos "hypes" do ano, das bandazecas de freaks que aparecem de repente e que passados seis meses já ninguém se lembra delas, geralmente endeusadas por publicações como a Blitz, mas resolvi dar-lhes o benefício da dúvida. Optei pela novidade em detrimento do regresso à adolescência e não me arrependi nem um pouco. Mas que concerto! Que vozeirão! Gostei muito do que vi e, arrisco dizer, soou ainda melhor do que em disco (sim, porque depois do concerto fui ouvir "Lungs" na íntegra várias vezes). Uma óptima surpresa que não esperava. Para não dizer que não via nada da performance da banda de Jerry Cantrell, fui ver só 3 ou 4 músicas dos Alice In Chains, mas depressa regressei ao palco SBSR para guardar lugar para o concerto dos The XX, que se previa iria estar a abarrotar e não me enganei. Quem chegou apenas minutos depois de mim, dificilmente terá conseguido entrar na tenda, tal não era o aglomerado de gente. A dada altura, um dos vocalistas, divertido e impressionado com o volume do coro do público, que quase abafava o som de palco, revelou que nunca ouvira um coro tão alto. Não valerá a pena estar aqui a indicar o alinhamento tocado, pois a banda só tem um álbum, mas foi muito divertida a inclusão de um sample de guitarra de ATB, um DJ alemão para lá de chunga, com um sucesso dos 90's, a meio de uma música.
Acabado o portentoso concerto dos XX, havia que retemperar forças para ir ver Faith No More o mais à frente do palco possível, já que a banda que os antecedeu, os Kasabian, não são santos da minha devoção.
Às 00:30, os acordes de "Midnight Cowboy" dão início ao que era o concerto mais aguardado da noite. Mike Patton e C.ª, na segunda passagem pelo nosso país da "Second Coming Tour", que já passara pelo Sudoeste no ano passado, de fatinho bege vestido (tal como no Sudoeste), abre as hostilidades. Seguem-se "From Out of Nowhere", "Be Aggressive", "The Real Thing", "Evidence" (em Português, como tem sido habitual), "As the Worm Turns", "Last Cup of Sorrow", "Cuckoo for Caca", "Easy" (a versão dos Commodores, de Lionel Ritchie), "Midlife Crisis" (com o refrão a ser berrado pela multidão em delírio, eu incluída, claro está) e "The Gentle Art of Making Enemies". Mais ou menos por esta altura Mr. Patton resolve vir confraternizar com o público e, ao ser levado em ombros, leva uns apalpões, ao mesmo tempo que perde um sapato. No regresso ao palco, grita: "Mal-educados!", "Bestias!". Quem anda à chuva, molha-se: estava à espera de quê, ao atirar-se para o meio da selvajaria? Tudo resolvido, continua-se com "Ashes to Ashes", "Ben" (uma versão dos Jackson 5), "King for a day", "Epic" e "Just a Man". Terminava assim o alinhamento, mas ainda faltavam dois encores: o primeiro incluiu "Stripsearch", com a já habitual entrada de Vangelis, e "Surprise, you're Dead!". O segundo encore teve apenas um tema: "Caralho Voador".
Faltou uma ou outra canção que queria mesmo ouvir ("Ugly in the Morning" ou "A Small Victory", só para referir algumas), e achei o concerto do Sudoeste ainda melhor do que este, mas foi, sem dúvida um grande, grande concerto.
O segundo dia adivinha-se bastante mais fraco e, em termos de público, a diferença sentiu-se bem.
Mais uma vez, passei a maior parte do dia no palco secundário, começando com os Holy Ghost! (não fui ver os Hurts, porque estava mais interessada em ir comprar a t-shirt dos Faith no More à barraca de merchandising), The Maccabees, depois disso um breve salto ao palco principal para ver algumas músicas de Mão Morta, novo regresso ao palco SBSR para ver The Gossip e deparo-me com a maior enchente e confusão que alguma vez vi e senti no Alive. Não foi nada fácil aguentar-me no sítio onde estava, sem ser constantemente empurrada por espanhóis bastante chatos em delírio, mas lá consegui amarrar os pés ao chão e não me mover um milímetro que fosse para conseguir ver o concerto de Beth Ditto e amigos. O início foi logo para partir tudo, com "Standing in the Way of Control". A voz possante de Ditto ainda passou por várias versões alheias como "Psychokiller", dos Talking Heads (e fui muito feliz durante esses segundos), "One More Time", dos Daft Punk, "What's Love Got to do with it?", de Tina Turner e ainda "I will always love you", de Whitney Houston, em jeito de piada. Para o final estava guardado o single "Heavy Cross" e a invasão de palco, pedida pela banda. Beth Ditto é a maior e não estou a referir-me à piada óbvia do perímetro abdominal da senhora, mas sim à sua capacidade vocal e simpatia. É um amor e desfaz-se em elogios à plateia que a vê, em êxtase. Voltem depressa, por favor, mas em nome próprio, de preferência.
À conta dos Gossip não pude ir ver Manic Street Preachers, que, infelizmente, nunca vi, mas terá de ficar para uma próxima. As sobreposições de concertos bons no Alive foram dos aspectos que mais me chateou.
Abomino Skunk Anansie, por isso ir vê-los estava completamente fora de questão. Em vez disso, fui descansar as pernas e encher o estômago para ter energia em Deftones, o concerto que mais aguardava nesse dia.
Já vi Deftones três vezes, mas acho que este concerto no Alive é, até agora, o meu preferido.
E que entrada em palco! "Headup" a dar o mote e o início a um concerto em que devo ter perdido um quilo só com os pulos que dei. Seguiram-se "My Own Summer (Shove It) (este tema é bom demais para ser verdade), "Diamond Eyes", "Rocket Skates" e "CMND/CTRL", "Sextape", "Feiticeira", "Knife Party", "Elite" (uma das canções em que mais gramas devo ter perdido. Love it!), "You've seen the Butcher", "Minerva", "Birthmark", "Root" e "Beauty School". A meio do concerto, Chino Moreno confessa que o atraso da banda se prendeu com o facto de o voo chegar, também ele, atrasado e de terem, inclusivé sobrevoado o recinto. Apesar da chegada já tardia e da falta de tempo para pormenores de última hora, como a troca de roupa (só assim se compreende que Moreno tenha actuado de camiseiro), o concerto da banda foi fenomenal e de uma energia improvável, para quem só teve meia hora para abandonar o avião e colocar-se em palco.
Seguiram-se mais duas das minhas preferidas de sempre dos Deftones, "Be quiet and drive (far away) e "Around the Fur", do álbum homónimo, cujas músicas, por gostar de todas, costumo dizer que poderiam todas dar singles. "Lotion", "Prince", "Change (in the House of Flies), "Passenger" (amo esta música, mesmo que, para minha tristeza, não possa ser cantada ao vivo com Maynard James Keenan), "Back to School" (do mesmíssimo "White Pony") e, a finalizar em grande, o regresso ao primeiro álbum da banda, com "7 Words". Sem direito a encore, que a noite já ia longa. As dores nas pernas eram muitas e o cansaço também, mas saí deste segundo dia do Alive de alma lavada.
O terceiro e último dia do festival foi o único em que não fui ao palco SBSR. No único dia isolado em que os bilhetes esgotaram, a confusão era muita e a multidão demasiada. Tudo para ver Pearl Jam, dizia-se. Pois, talvez, mas não era esse o meu caso. Estava mesmo ali era por Gomez, Gogol Bordello, LCD Soundsystem e o nosso Paulo Furtado, o Tigerman de serviço.
Às 18:30 a concentração de público para ver Gomez era muito maior do que eu suporia. O início deu-se ao som de "Get Miles", de "Bring it on", o álbum de 1998, que lhes valeu um Mercury Prize, o reconhecimento mundial e chamou a minha atenção, nesse longínquo ano em que entrei para a faculdade e os ouvia com muito prazer, ainda que, por norma, me dedicasse (e dedique ainda) a sonoridades bem mais pesadas. "How We Operate" (do álbum homónimo) fechou com chave de outro a actuação da banda britânica, neste que é o meu tema preferido dos Gomez.
Apesar de não conhecer muito bem, fiquei para ver os Dropkick Murphys e foi bastante engraçado, ainda que não muito o meu estilo.
Mas eis que chega Eugene Hütz em seguida, e os seus Gogol Bordello, e começa a festa a sério! Isto sim foi pular e bater o pezinho, ao som da ciganada punk mais divertida do mundo, sempre de garrafita de vinho na mão, para não perder o embalo. Siga a dança!
Já sei que vou ser crucificada pelo que vou dizer em seguida, mas o blog é meu, por isso digo o que me apetecer, tenham lá paciência.
Não aprecio Pearl Jam. Gostava de os ouvir quando tinha 14, 15 aninhos, mas deixei-me definitivamente disso quando acabei o secundário, aos 17 anos. Entretanto passaram-se 12 anos, já levo 29 nas costas e a minha opinião não mudou. O último álbum que ouvi deles foi "Yield", de 1998 e foi aí que desisti deles.
Hoje em dia não consigo ouvi-los, até porque, como qualquer pessoa no seu juízo perfeito, não tenho grande vontade de recordar a adolescência.
Fui, em vez disso, ver o nosso Legendary Tigerman e convidadas de "Femina" e não quis saber da actuação da banda de Eddie Vedder para nada, ainda que faça uma profunda vénia a Matt Cameron, agora baterista dos Pearl Jam, na minha opinião um dos melhores bateristas do mundo, pois fez parte dos Soundgarden (essa sim, «A» banda grunge e a melhor de todos os tempos, para mim). Continuo a achar que Cameron está claramente subaproveitado nos Pearl Jam, porque as músicas não puxam pelas suas reais capacidades, o que é uma pena.
Vi ainda um bom bocado de Tigerman no palco Optimus Discos (que trouxe consigo Becky Lee, Lisa Kekaula, Maria de Medeiros, Cibelle, Cláudia Efe, Rita Redshoes, Peaches, Phoebe Killdeer e Mafalda Nascimento. Só Asia Argento não pôde estar presente, devido a ter ficado retida em Florença e foi substituída por ela própria, mas em ecrã.), que deu, como de costume, um excelente concerto e, no fim, quando toda a gente já estava a ver Pearl Jam no palco principal, fui sentar-me, descansar as pernas, aproveitar a falta de filas em todo o lado, já que estava tudo a vê-los (e ainda bem, deu-me um jeitão!) e ganhar fôlego para LCD Soundsystem. Aí a 45 minutos do fim, lá fui ver um bocadinho do concerto, de maneira a marcar lugar para a banda de James Murphy, que encerraria o festival.
Parece que este foi o último concerto de Pearl Jam em muito tempo, a banda gosta muito de Portugal, o público português é o melhor do mundo, a bandeira portuguesa às costas no final do concerto, yada, yada, yada... o costume. Não há pachorra, desculpem lá. Com todo o respeito, mas o meu natural cinismo não me deixou no rosto a emoção que vi estampada nas caras das outras pessoas: algumas estavam mesmo a chorar. Sou um calhau, temos pena. Quero lá bem saber se eles voltam a vir cá tocar ou não.
A debandada a seguir ao concerto de Pearl Jam foi grande, o que, mais uma vez, deu-me um jeitão. Consegui, por esse motivo, aproximar-me das filas da frente e ver LCD Soundsystem em posição mais do que privilegiada.
A actuação foi curta, apenas 1 hora e 5 minutos, mas enérgica a rodos.
"Us vs. Them", "Drunk Girls", "Pow Pow", "Daft Punk is playing at my house", o belíssimo "All My Friends", "I Can Change", "Tribulations" (a desatar, definitivamente, as cordas dos pés e a pôr tudo a dançar à louca), "Movement" e, por fim, "Yeah".
Sem encores e sem espinhas, que a festa era mesmo para acabar aqui.

Pontos negativos: As filas de espera para troca de bilhete por pulseira no primeiro dia do festival. A sobreposição de tantos e tão bons concertos, o que me obrigou a fazer escolhas muito difíceis. A aproximação de horários de muitas das bandas que queria ver, o que me fez andar constantemente a correr de um palco para o outro, qual maratona da EDP.
Pôr The Gossip, The XX e Florence and the Machine no palco secundário foi mais uma das ideias de jerico da organização. A Everything is New não aprende mesmo! Chegou a estar mais gente na diminuta tenda do palco secundário do que no palco principal (casos de The Gossip vs. Manic Street Preachers e Florence and the Machine, seguido de The XX vs. Alice in Chains), o que se calhar quererá dizer alguma coisa, digo eu.
O Alive foi o festival do mini-calção. A quantidade de meninas em calções do tamanho de cuecas por metro quadrado fez-me, por momentos, pensar que estaria na praia e ninguém me tinha avisado. Era vê-las, horas mais tarde, a tiritar, geladas de frio e embrulhadas em cobertores da Cruz Vermelha. Mostrar o corpo, nada contra, mas aprendam, de uma vez por todas, a vestir-se convenientemente para um festival, que até é à beira-rio. A burrice paga-se cara.

Pontos positivos: Foi, sem sombra de dúvidas, o melhor festival nacional e o melhor cartaz de sempre do Alive. Estive presente em todas as 4 edições deste festival, mas esta é, até agora, a melhor de todas. Manter o nível vai ser, no mínimo, um desafio para a Everything is New. Boa sorte!
As boas surpresas: Florence and the Machine e Devendra Banhart, assim à cabeça, duas das actuações que me fizeram passar a maior parte do festival no palco secundário, sem que nada o fizesse prever antes.
A quantidade quase absurda de bons concertos para ver foi de tal forma que no domingo mal me podia mexer.

"Are you Alive?", lia-se nas t-shirts e cartazes que povoavam o recinto.
Yes, but barely, respondo eu.

16 comentários:

Carca disse...

- Essa do ATB fui eu que te ensinei;

- Ben é cover de Michael Jackson, mesmo;

- Discordo vigorosamente de tudo o que foi aqui escrito em relação a Pearl Jam. Ouvir Faith No More e Soundgarden não é recordar a adolescência? Goste-se ou não, estão no mesmo patamar que os Pearl Jam nesse aspecto (ligeiramente abaixo na verdade, porque os Pearl Jam foram mantendo uma carreira relevante para quem gosta, não ressuscitaram para ganharem uns trocos 10+ anos depois de terminarem). E uma vez que a pessoa que viste a chorar fui eu, podias ter sido menos calhau insensível;

- De resto está tudo bem escrito e é um relato fiel ao que viveste. Gostei.

Battle Axe disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Battle Axe disse...

- Sim, a cena da música do ATB foste tu que disseste, porque eu reconheci os acordes, mas nem por sombras alguma vez me iria lembrar do "9 A.M. 'til I come"! Já lá vão muitos anos e o Alzheimer não perdoa;

- Não gosto de Michael Jackson nem de Jackson 5, nem conheço os respectivos repertórios o suficiente, por isso lamento a falha de atribuição de autoria da canção. Acaba por ir dar ao mesmo, assim como assim;

- Não, não foste o único a verter lágrimas no fim do concerto dos Pearl Jam. Desconfio que havia vários milhares de pessoas a fazer o mesmo, segundo pude ver e ler nos fóruns sobre o Alive (ex: Blitz);

- Serei um calhau insensível, com certeza. Não é com esta já provecta idade que vou mudar;

- Já sabia que ninguém iria concordar com a minha opinião sobre Pearl Jam e que ia ser crucificada, daí os avisos que fiz. Foi por esse mesmo motivo que criei um blog, para poder dizer o que me apetece. Quem não gostar nem concordar é sempre livre de não ler. :-)
Afinal de contas eu só digo disparates, como toda a gente sabe.

Battle Axe disse...

- Ah, e ouvir Faith No More e Soundgarden não é, para mim, recordar a adolescência, pelo facto de ainda hoje ouvir tanto uma como a outra banda, bem como os diversos projectos em que se vieram a desmultiplicar posteriormente.

Não Matem a Cotovia disse...

Tal como tu seguiste essas bandas, acompanhando-as desde a adolescência até agora, houve muitas outras pessoas (milhares como pudeste verificar) que seguiram PJ desde a adolescência até agora, bem como os seus "diversos projectos que se vieram a desmultiplicar posteriormente."
É engraçado como se conseguiu encher um recinto com milhares de pessoas q n estão no seu perfeito juízo e o pior de tudo é que são doidos que se comovem!!! Ele há coisas que não têm explicação... Sinceramente!
Podes e deves expressar a tua opinião, mas qd ofendes as outras pessoas já é diferente. A nossa liberdade acaba, quando começa a dos outros. Certamente que já terás ouvido isto.

Battle Axe disse...

Helena, com todo o respeito, mas, tal como referido anteriormente: "Foi por esse mesmo motivo que criei um blog, para poder dizer o que me apetece. Quem não gostar nem concordar é sempre livre de não ler."

Não chamei doido a ninguém, como referes. Se não me apetece recordar os tempos da adolescência é porque lá terei os meus (fortes) motivos e esse é um direito que me assiste.
Não ofendi ninguém, nem tenho sequer esse hábito. Se as pessoas são demasiado sensíveis e ficam chateadas por eu ter gostos diferentes dos delas, não me parece que seja problema meu.
Não vou pedir desculpa por ter opinião e por escrever sobre isso. Por algum motivo existem os blogs.

Não Matem a Cotovia disse...

Para mim, uma pessoa que não está no seu perfeito juízo é uma pessoa doida.
As pessoas não ficam chateadas por teres gostos diferentes, as pessoas não gostam é que gozes com elas por terem um gosto diferente do teu. Consegues perceber esta perspectiva?
"Foi por esse mesmo motivo que criei um blog, para poder dizer o que me apetece. Quem não gostar nem concordar é sempre livre de não ler." - Pode haver quem goste de ler e ache por bem discordar. É para isso que os blogues existem. Ou então não permites comentários.

Battle Axe disse...

"Para mim, uma pessoa que não está no seu perfeito juízo é uma pessoa doida." As palavras são tuas, não minhas.
Só a título de exemplo: a minha banda preferida é Tool. 95% dos meus amigos odeia Tool. Tenho, inclusivé, uma amiga que odeia Tool a tal ponto que está sempre a gozar com eles e a atirar-me com bocas a gozar com a banda. Uma das bandas preferidas dessa minha amiga é, curiosamente, Pearl Jam (que eu nunca disse odiar, apenas não apreciar, o que é diferente). Apesar dos constantes «ataques» por parte dela às minhas bandas de eleição (sim, porque ela odeia quase tudo o que eu ouço), saímos juntas, vamos para os copos e rio-me sempre imenso com as piadas que ela diz sobre os Tool, entre outras bandas. E o mesmo se aplica a ela, quando lhe digo não apreciar alguma banda que ela admire. Rimo-nos as duas imenso e está sempre tudo bem, pois não gostamos de transformar as nossas bandas preferidas em «vacas sagradas». O fascismo de opiniões é algo que não faz sentido absolutamente nenhum.
Já li várias vezes com atenção o que escrevi e em nenhum momento gozei com quem quer que fosse.
Nunca seria capaz de bloquear os comentários nos meus blogs, como sugeres, mesmo que o seu teor seja negativo. Isto porque gosto de pensar que vivo numa democracia e que se eu tenho a liberdade de escrever tudo o que me apetece, também os outros a terão: mesmo que isso se passe no MEU espaço.

Miss-I-Am-Free-Because-I-Belong-Nowhere disse...

Bem, não se matem! Cada uma deu a sua opinião e já está, já passou. LOL Não se zanguem por isso.

Agora dou eu a minha no que toca aos Pearl Jam...LOL

Ora bem, para mim o 3.º dia do Alive foi o mais fraco e secante de todos e dps de tanto andar na semana anterior, foi ao final do dia 10 que desejei: «Nunca mais vou directamente de umas férias tão fisicamente cansativas para um festival». Não matam mas cansam e com tudo isto ainda ando com os pés doridos. Quando planeei ir no terceiro dia, foi por o Óscar gostar de Pearl Jam e por achar que ele queria mesmo vê-los. Enganei-me, por ele teríamos ficado a descansar o corpo mais do que «vandalizado» das caminhadas e concertos dos dias anteriores e como já os tinha visto, não se importava de não os ver. NO final, ainda «bem que os viu», já que foi o último em muitos anos. Mas rescaldo de um fã de Pearl Jam (que também deixou uns tempos de os ouvir e voltou a re-ouvi-los com o disco homónimo de 2006): «Muy flojo» - quer isto dizer
«foi um concerto fraquinho».

Eu não me posso chamar fã de Pearl Jam, ouvia e tal...NA RÁDIO/TV...gostava de alguns temas, desgostava de outros, de outros, mais ou menos, mas nunca os segui verdadeiramente e deixei de querer ouvir em 2002, depois de Riot Act. Contudo, sempre lhes reconheci o mérito. Foram, são e serão sempre grandes músicos. Isso é inquestionável.

Como «ex-ouvinte» dos PJ gostei do concerto, principalmente de ouvir os clássicos, desses ainda me lembro. LOL Os novos temas acho realmente muito calminhos e não vejo grande evolução. À parte disso, o som estava muito bom e estiveram realmente comunicativos, gostei muito do esforço do Eddiezinho para falar português, chegou a pronunciar uma ou outra palavra na perfeição. eheheh E ADOREI A ACTUAÇÃO DO GUITARRISTA! MT BOM MESMO, GRANDES SOLOS, E A DO BATERISTA, CLARO! ^_^

Um dos pontos que me surpreendeu bastante e que é de louvar, é a relação com os fãs. Já fui a muitos concertos e acho que nunca notei essa ligação que os PJ mantêm e tentam manter com os fãs. Chega a ser comovente...mas não, não chorei! LOL

Ainda bem que esgotaram os bilhetes, senão eu teria tido um ataque de claustrofobia (faltou pouco) ali quase em frente ao palco e dps os PJ teriam de interromper o concerto e levar-me para cima do palco e seria um bocado mau. LOLOLOLOL

E pronto é tudo...
Quanto ao Alive, e como já disse no meu blogo: MUITO BOM, mas cansativo demais!

Para o ano há mais...ou não (a ver se ainda cá estarei...lol)

Não Matem a Cotovia disse...

"A título de exemplo," o meu marido não gosta de Pearl Jam e somos muito felizes.
Sou fã de PJ, mas não são a minha banda favorita, de longe! Logo não são vacas sagradas e, mais uma vez, estás a exagerar com essa do fascismo.
"Já li várias vezes com atenção o que escrevi e em nenhum momento gozei com quem quer que fosse." Como tu mesma disseste, se calhar há pessoas muito sensíveis e tu, se calhar, és "um calhau," com todo o respeito.
Como a Ana disse, qualquer pessoa que já tenha visto os PJ, reconhece que os concertos foram fracos. Vi-os em Londres, mas parece que foi a mm coisa aqui.
Musicalidade à parte, o que me faz gostar tanto dos PJ, é a amabilidade, o respeito e mesmo veneração que os PJ sentem pelos fãs. É uma coisa que comove, e muito, quem sente o mesmo por eles.
Nunca vi , mas nunca vi mm, um concerto melhor do que os deles, por causa disso. O que posso fazer? Gosto de me sentir importante e saber que algures numa sala do Eddie, existe uma foto minha e dos meus amigos. Nunca esquecerei quando o Mike McCready, no final do concerto do Restelo, apontou para nós, que estávamos ali ao cantinho, em frente a ele, e fez o sinal "thumbs up!"
Quem chorou no final do concerto, não foi pela música, foi porque gostam mesmo deles, enquanto pessoas e porque quando gostamos de alguém, as despedidas doem sempre.
Por isso, quando falas em tom irónico sobre as pessoas que choraram (tu dizes que não gozaste, eu senti que gozaste e parece que não fui a única), magoas.
Os meus comentários nunca tiveram o objectivo de te fazer gostar dos PJ, ou fazer com que mudasses de ideias. Eram apenas para te mostrar q foste insensível, como sabes bem que foste. Como tal, magoas as pessoas, e elas manifestam-se.
Peace!

Battle Axe disse...

Para quem diz não ter «vacas sagradas» e que Pearl Jam não são, nem de longe, a banda preferida, a tua arguição é deveras confusa e algo limitada.
Só assim se compreende que juntes num mesmo comentário frases como: «qualquer pessoa que já tenha visto os PJ, reconhece que os concertos foram fracos. Vi-os em Londres, mas parece que foi a mm coisa aqui.» com «gosto de me sentir importante e saber que algures numa sala do Eddie, existe uma foto minha e dos meus amigos.»
Duvido bastante que Mr. Vedder (por muito boa pessoa que seja e acredito que, de facto, o é) reserve as salas das suas mansões para fotografias de pessoas que vão aos concertos da sua banda e que até nem apreciam por aí além a música que faz, embora a ingenuidade da ideia seja comovedora.
Os Nine Inch Nails acabaram no ano passado e o concerto no festival de Paredes de Coura foi o último que deram. Os NIN estão no meu top 3 de bandas preferidas: não há um único álbum da banda de que não goste. Estive lá, a metros do palco, para aquela que seria a última aparição de sempre de Mr. Reznor. No final do concerto já estava com saudades deles, mas não verti uma única lágrima.
Os Pearl Jam, por seu lado, não só não acabaram, como continuarão a dar concertos, a lançar discos e toda a gente sabe que para o ano estão cá batidos outra vez, seja no Pavilhão Atlântico, seja num qualquer festival, como sempre.
Não, não me comovo com isso por um motivo muito simples: é que, como já diziam os Stones, "it's only rock and roll".
Isto é um blog e, como tal, o que escrevi é o registo da minha opinião pessoal, tal como é suposto. Se eu quisesse ser neutra, imparcial e enfadonha ia viver para a Suíça.
Quanto a ti, se leste a minha crítica ao Alive em busca de um artigo perfeitamente isento de opinião, deverias, em vez disso, ter lido um jornal.

Não Matem a Cotovia disse...

Mas desde quando é que uma banda tem de ser a minha preferida, para gostar muito dela???
Eu explico, para que não te sintas baralhada. Os Pearl Jam foram, em tempos, a minha banda favorita. Desde 1994 que me acompanham, nas mais variadíssimas formas. Claro que, como todas pessoas, eu não estagnei e aprecio outras bandas e outros géneros musicais. Apesar de ser uma GRANDE fã, sei reconhecer que os PJ não são a melhor banda do mundo, nem de sempre. Há bandas muito melhores e aparecem mais todos os anos. LIMITADO seria dizer que os PJ são a minha banda favorita. MAS... sem dúvida que nenhuma das outras bandas tem uma relação com os fãs como eles têm, o que me faz gostar deles ainda mais. E apesar de não serem a minha “vaca sagrada” os concertos deles são os que gosto mais. MAS (mais uma vez) lá porque são os meus concertos favoritos, não implica que tenha de gostar de todos. Apesar de ter gostado deste último, em comparação com outros que vi, foi bastante fraco.
Considero este teu último comentário deveras infeliz. Sempre te tive em conta como uma pessoa mt inteligente, mas os teus comentários denotam um certo estrabismo perceptivo do que aqui se escreveu.
Eu n te insultei, por isso n admito que me chames limitada. Não percebo como vês coisas, onde elas não estão. Não percebo tanta amargura.
O teu tom arrogante não favorece a tua inteligência. Não te preocupes, depois deste comentário, não voltarei a ler o teu blogue, nem sequer o recomendarei.
Bem haja!

Battle Axe disse...

Eu nunca te insultei nem chamei limitada, apenas disse que a tua arguição, neste caso específico, o tinha sido. É bem diferente.
Nunca insultaria alguém amigo de uma grande amiga minha: não faz minimamente o meu estilo, pois não sou mal-educada.
Quanto ao facto de deixares de ler o meu blog e de o retirares das tuas recomendações: fine, whatever. Não me chateio com isso.
Quanto a mim, continuarei a ler o teu blog e a recomendá-lo sempre que necessário, pois apesar de, como dizes, eu ser «insensível», «arrogante» e «estrábica» continuo a gostar bastante de ler opiniões diferentes da minha e a não ser apologista de infantilidades.

Não Matem a Cotovia disse...

Se não és mal-educada, disfarças bem. Até poderia fazer aqui diversas citações da tua "boa educação", mas não vale a pena.
Aqui a única infantilidade é a tua, que estás a fazer finca-pé numa coisa que nunca existiu. Se leres com atenção percebes que nenhum dos meus comentários se dirigiu ao facto de não gostares de PJ, quero lá saber disso!!! O problema foi, desde início a tua falta de respeito por quem gosta de PJ, e continuaste a demonstrá-lo até ao último comentário.
Portanto não chamaste os fãs de PJ doidos, não me acusaste de ser fascista de opiniões, não me chamaste limitada, e, para terminar, não me chamaste infantil. Deves ser a única que não percebe que a tua escrita não tão subtil, como pensas ser.
Se escreves uma coisa, à espera de ser crucificada, não deves reagir dessa forma aos comentários que diferem da tua opinião. Revela que, ao contrário do que dizes, não gostas de ler opiniões contrárias à tua.
E se não consegues perceber o quanto foste rude, sugiro que procures ajuda de alguém, porque não deves andar bem!

Battle Axe disse...

Para quem não ia voltar a ler o meu blog, afinal...
Quanto ao «sugiro que procures ajuda de alguém, porque não deves andar bem!», a minha boa educação não me permite responder a provocações deste nível.

Over and out.

Paulo disse...

Devo dizer que os Pearl Jam, era a banda que mais queria ver do Alive´10, a par dos FNM, AiC, MSP e Deftones. Os PJ foram a banda do festival deste ano, quanto a isso penso que não haja dúvidas, não só porque esgotaram esse dia, como também os restantes palcos estiveram mais vazios, ao contrário dos dias anteriores, como era um retorno há muito aguardado pelos fãs. Mesmo que tenham perdido o fulgor demonstrado nos anos 90, continuam a tocar grandes canções, são todos eles excelentes músicos e acima de tudo excelentes pessoas e no que toca ao relacionamento com os fãs, não estou ver outra banda capaz de o fazer tão bem quanto eles. Ok admito que o espectáculo foi morno, ainda que com momentos intensos a meu ver, mas "eles" já não têm 20/30 anos, a maturação é outra e houve acontecimentos trágicos, como as 9 pessoas que morreram em Roskilde durante o seu espectáculo, que os levaram a um alinhamento mais "suave", inclusivé poucas pessoas souberam, mas dias antes de tocarem no Alive, mais precisamente no Opener Festival na Polónia, a multidão descontrolou-se e os PJ foram ~2obrigados" a parar o concerto, alertando que aquilo é um concerto de Rock n´roll e não uma batalha campal...Não são todas as bandas que fazem isto, algumas estão-se nas tintas se há pessoas que ficam maltratadas durante as suas actuações.

De resto, um enorme festival, grandes bandas, excelentes concertos e pena foi que não vi Gossip, XX e Florence & Machine, só vi de longe uma musica de cada...enfim ideia de gerico colocar estas bandas numa tenda quando há o triplo das pessoas para os verem...Pró ano há mais...e este ano festivais, penso que não há mais nada a registar...apenas pondero o ultimo dia do Sudas, a ver vamos...!

PS: Já agora, aproveito para deixar um comentário, às meninas Ana e Helena, epá...deixem-se lá dessas coisas, a vida é curta e amizade é algo que temos de conservar, porque é ela que torna a n/ vida com mais sentido! :) Beijos.